feminicídio

Família e amigos de santa-mariense morta em Santa Catarina fazem homenagem e pedem justiça


A tarde desta sexta-feira foi emoção para familiares e amigos de Isadora Viana Costa, 22 anos, morta há um mês. A modelo santa-mariense morreu em maio, na casa do namorado e suspeito da morte em Imbituba, Santa Catarina. Na Praça Saldanha Marinho, mais de 50 pessoas se reuniram para prestar uma homenagem em memória da jovem modelo santa-mariense. De lá, o grupo saiu em caminhada até a Basílica da Medianeira, onde estava marcada uma missa também em memória de Isadora. 

Além das homenagens e da solidariedade, quem estava ali comentava sobre um desejo comum dos amigos da jovem: justiça. A Polícia Civil chegou a pedir prisão preventiva do companheiro dela, suspeito da morte*, mas o pedido foi negado na última segunda-feira pelo juiz Welton Rubenich, da 2ª Vara da Comarca de Imbituba, cidade onde aconteceu o crime.  

- A gente é uma família cidadã e quer que ocorra todo o processo investigativo como deve ser e que ele (o suspeito) seja julgado com o direito a ampla defesa. Esses abraços, que eu recebo aqui, estou recebendo desde o primeiro momento e é o que nos ajuda nessa espera por justiça. Essa caminhada é pela Isadora mas é por todas mulheres, é preciso terminar com essa cultura machista de que homem domina a mulher, homem tem que ser companheiro da mulher. Quantas mulheres já foram mortas por causa desse pensamento? - comentou Rogério Costa, pai da vítima. 

A administradora de empresas e amiga da jovem, Mônica Fátima de Souza, 28 anos, conta que Isadora era uma pessoa muito alegre, dócil e meiga:

- Ela sempre estava muito feliz, estava tão feliz naquele dia antes de morrer e não merecia partir dessa forma. Estamos tristes e consternados, sofremos bastante com a partida dela e por isso estamos aqui, pedindo justiça, pela Isadora e todas as mulheres. 

FEMINICÍDIO

Segundo o inquérito da Polícia Civil, Isadora foi assassinada na manhã do dia 8 de maio deste ano. A modelo foi morta dentro do apartamento do namorado, que fica na área central da cidade catarinense. As investigações do caso tiveram início no dia do crime, quando a polícia foi acionada a comparecer no Hospital São Camilo com a informação de que Isadora morreu por causa desconhecida.

O laudo da necropsia apontou que a jovem morreu por trauma abdominal, e o caso passou a ser investigado como feminicídio. Conforme o resultado do exame, ela morreu entre 6h20min e as 7h30min, horário em que somente ela e o namorado estavam no apartamento e ele passou a ser suspeito no caso. Em depoimento, ele negou o crime e chegou a dizer que ela sofreu overdose por entorpecentes. 

Na última segunda-feira, o pedido de prisão foi recusado mas a Justiça acatou medidas cautelares ao suspeito: ele teve de entregar o passaporte e não deve frequentar bares e boates, consumir bebidas alcoólicas e drogas, não se ausentar da comarca por mais de 7 dias e não manter contato com nenhuma testemunha do caso. 

*De acordo com o Manual de Ética do Diário, na esfera de investigação policial só são divulgados nomes de suspeitos em crimes dolosos contra a vida (homicídios e latrocínios), crimes de grande repercussão ou que gerem comoção social. Ainda assim, apenas quando houver prisão em flagrante, temporária ou preventiva decretada ou quando o suspeito confessar, em depoimento oficial à polícia, a autoria do crime.

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